quarta-feira

Som e Imagem

Parte I

Recordo-me bem de no início ter dificuldades em perceber quantas meias usar no Inverno para Educação Física. Tinha umas meias de vidro azuis na 1.ª camada, seguidas de umas meias pelo joelho pretas e por fim umas meias de tornozelo cinzentas.
Resolvi então tirar as duas últimas e continuar a correr até ao Pavilhão de talentos, onde vejo pela primeira vez, a meia irmã do João Revez, no palco, com um fato macaco que lhe deixava os peitos completamente descobertos. Parecia não se importar com isso, nem ela nem ninguém.
O único problema com que lidava eram os 2 microfones atados com fita adesiva, necessários para a canção específica, mas a fita adesiva era tão frágil que rapidamente cederia ao peso dos microfones brilhantes.

Parte II

Floresta.

Recordo-me de um estaleiro no meio de uma Floresta. Servia de escola para alunos de Som e Imagem e lá, naquela floresta, partilhavam o habitat com diferentes espécies selvagens. Os Homens Árvore como lhe chamavam, era antigos alunos que se tinham metamorfoseado de árvores. 

Outras espécies que ali viviam eram répteis, insectos e os artrópodes.
Tensionavam tramar a Aranha que namorava com uma rapariga Popular de Som e Imagem. Todos os insectos, répteis e alguns traidores artrópodes conjuravam.

Lembro-me de estar presente. Olhava por uma janela, enquanto esperava pelo professor de Tipografia. Quando ele chegou, entregou-me um livro e pediu que desligassem todas as luzes artificiais, e que acendesse um fósforo, para perceber como na idade média encaravam a leitura.
Olhei à minha volta e percebi que aquele não era um dia como os restantes.

Era o dia em que planeavam matar a Aranha. 
Os insectos colocariam qualquer coisa na Teia, para que a Aranha pensasse que de comida se tratava.

Assim foi. Os Homens Árvore tentaram avisar, mas era tarde de mais.
O curso de Som e Imagem acabou.